Administrativas do Alcoa

No dia 16 de Abril de 2011, o grupo do curso EFA B3 de Práticas Administrativas, em conjunto com a mediadora Luísa Marques e a formadora Ana Galego, fizemos uma visita de estudo a Lisboa à central dos CTT, onde assistimos ao tratamento da correspondência, e ao Museu das Telecomunicações, visitar a Exposição dos 500 anos dos CTT.

Chegando a Lisboa, dirigimo-nos logo ao centro de distribuição nacional dos CTT, onde se tratam todas as correspondências. Aprendemos coisas muito interessantes, como por exemplo:

1- De manhã e à tarde trata-se da correspondência prioritária e à noite da correspondência económica;

2- O correio azul demora 1 dia a ser entregue, o correio normal demora até 3 dias úteis;

3- As caixas onde são depositadas as cartas chamam-se cassetes;

4- 95% das cartas são tratadas por máquinas o resto é tratado manualmente;

5- A máquina Fazeadora divide as cartas automaticamente por códigos postais e por giros e lê 30 mil cartas por hora, e a máquina Obliteradora coloca o dia da entrada da carta e lê 40 mil cartas por hora;

6- Às 3 da tarde faz-se a recolha das correspondências, como por exemplos dos Bancos, Seguradoras, das várias empresas de telecomunicações, etc.;

Às 7 da tarde faz-se a recolha das correspondências dos vários centros de distribuição e das diversas estações de correios dos CTT;

Às 2 da manhã entram as correspondências dos outros pontos do País (Porto e Coimbra);

Às 5 da manhã todas as correspondências têm que sair da central dos CTT para as restantes estações dos correios;

7- Os CTT neste momento têm 800 empregados, mas já tiveram 1200.

8- As encomendas são tratadas manualmente.

Curiosidade: Os jornais e revistas também são tratados na central dos CTT e distribuídos pelos mesmos, porque têm que estar nas bancas logo de manhã.

À tarde, o grupo visitou o Museu das Telecomunicações, onde vimos a exposição dos 500 anos dos CTT, como era antigamente feita a distribuição das correspondências até aos dias de hoje.

Agora, vamos fazer uma pequena descrição da história:

Inicialmente, o Correio em Portugal era um privilégio apenas do rei e da nobreza. D. Manuel I publicou por Carta Régia, a 6 de Novembro de 1520, a criação do Ofício de Correio Mor, nomeando para o cargo luís Homem, que geria o primeiro Serviço Público de Correios em Portugal.

O transporte das mensagens naquela altura era feito a pé, mas para grandes distâncias era feito a cavalo ou de carruagem, daí a imagem dos CTT Correios, do cavaleiro montado no cavalo tocando a trombeta, anunciando a chegada do correio.

A 17 de Setembro era inaugurado o Serviço da Mala-Posta, que era um sistema regular de transporte de correio e passageiros de carruagem, onde se aproveitava para se transportar as pessoas e ao mesmo tempo o correio. Devido a prejuízos acumulados a Mala-Posta foi suspensa em 1804, e só passados 50 anos é que a Mala-Posta volta às estradas.

A grande inovação que se deu em 1853 foi a obrigatoriedade do selo postal adesivo. Em 1864 aparece o comboio substituindo a Mala-Posta. Assim, em 1866, os correios inauguravam o Serviço de Ambulâncias-Postais ferroviário. Esta nova estação era atrelada a um comboio e permitia não só uma maior rapidez no transporte das correspondências, mas também a sua divisão, em viagem, o que possibilitava aos utentes poderem depositar as cartas nas estações dos Correios, até quase à hora de partida do comboio.

Em 1880 surge a Direcção-geral dos Correios, Telégrafos e Faróis, fruto da Fusão dos Correios e dos Telégrafos que, até essa altura, constituíam duas direcções completamente autónomas.

Em 1911, com a implantação da República, os Correios e Telégrafos passaram a denominar-se Administração-Geral dos Correios, Telégrafos e Telefones, adoptando a sigla de CTT que se mantém até aos dias de hoje.

Em 1952/1953 assistia-se a uma melhoria de transportes, com o aparecimento das Auto-Ambulâncias, que foi importante em particular nas Zonas rurais.

Na década de 60, o correio para o estrangeiro passou a ser expedido por avião e não por barco a vapor.

Em 1970, a Administração-Geral dos CTT passa a Empresa Pública, designada por CTT- Correios e Telecomunicações de Portugal.

Inaugurava-se em 1972, o Comboio Expresso Postal, apoiado na Rede de Ambulâncias Postais.

Na década de 70, com a introdução do Código Postal de quatro dígitos, que possibilitou a divisão das correspondências com o recurso a equipamentos electrónicos, transformando as antigas Estações Centrais de Correios, de divisão manual, nas modernas “fábricas” de tratamento postal de Lisboa, Porto e Coimbra.

Na década de 80 com o aparecimento da informatização de uma rede de mais de mil balcões, com a utilização de software desenvolvido em Portugal, cuja conclusão deu-se nos anos 90. Nessa mesma época, com o melhoramento introduzido na rede de estradas nacionais, permitiram uma maior versatilidade e optimização dos recursos na condução das malas de correios.

Em 1992, os CTT- Correios e Telecomunicações de Portugal viriam a proceder à separação dos ramos de actividade Correios e Telecomunicações, em duas empresas: os CTT- Correios de Portugal, S.A. e a Telecom Portugal.

Em 1998 aparece a introdução dos sete dígitos do Código Postal.

Actualmente os CTT Correios actuam diariamente com vários milhões de correspondências, fazendo-as circular ao longo de uma rede nacional de Recolha, Tratamento, Transporte e Distribuição. As correspondências são agrupadas e reagrupadas em processos que têm vindo a ser modernizados ao longo dos últimos anos e que passam pela automatização do tratamento da correspondência antes da distribuição do correio.

Assim terminou a nossa visita de estudo, a última do nosso grupo.

No presente existem determinadas Tecnologias que são indespensáveis para o bom funcionamento da entrega do correio, mas no passado as coisas eram totalmente diferentes.

As seguintes fotos mostram a evolução do correio até aos dias de hoje.

Entrada do Museu, os 100 anos da Inovação e Tecnologia